30/04/2010

Universidades e politécnicos fecham 885 cursos

Ao fim de cinco anos sem avaliação, o ensino superior voltou a ter que prestar contas sobre a sua oferta formativa. A consequência foi que universidades e politécnicos desistiram de 885 cursos. Ainda assim, foram 4.699 submetidos a acreditação e no total as instituições pagaram pela avaliação 3,4 milhões de euros.
Submetidas à avaliação externa pela primeira vez em cinco anos, as universidades e politécnicos desistiram de 885 cursos, que vão encerrar já no próximo ano lectivo. Desde que foi extinto o Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior, em 2005, esta foi a primeira vez que as instituiçoes de ensino superior tiveram de prestar contas sobre a sua oferta formativa e a primeira consequência foi que os 5.261 cursos, que estavam inscritos na Direcção Geral do Ensino Superior, foram reduzidos, por iniciativa das próprias instituições, para 4.376, a que se juntam 323 novos cursos, num total de 4.699 pedidos de acreditação entregues à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), depois do ‘deadline' para apresentação das candidaturas ter terminado, na passada semana. A lista dos cursos eliminados deve ser procurada agora junto de cada instituição.
As universidades cortaram 692 cursos que estavam em funcionamento, o equivalente a 19% de redução em relação aos 3.715 que estavam inscritos na DGES, acabando por pedir acreditação para 3.023 cursos. Deste total, 367 são licenciaturas, 391 mestrados, 27 mestrados integrados e 66 doutoramentos.
Quanto aos politécnicos, reduziram os cursos em funcionamento em 12%, para 1.353, apresentando menos 193 cursos a acreditação. Neste caso, são 246 licenciaturas e 129 mestrados.
A racionalização da oferta do ensino superior começa, assim, a ser feita pelas próprias instituições, como consequência do processo de avaliação externa imposta pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, que criou esta agência e cujo funcionamento arrancou já este ano.

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