Esta crónica de Pedro Mexia contra os advogados é deveras intrépida e corajosa.
.
Cito algumas expressões:
«Depois de um curso penoso, fui o estagiário mais incompetente desde o cavalo de Calígula e chumbei na prova oral, entalado com perguntas inclementes sobre registos e notariado, assunto a que eu tinha devotado tanta atenção como à diferença entre as etnias balanta e bijagós.»
.
«Mas não é preciso ter passado pelos bancos da faculdade para perceber que a vida jurídica tem pouco a ver com a Justiça maiúscula.»
.
«A mentira é para eles um dever profissional. Não creio que a classe se encontre moralmente abaixo da dos picheleiros ou dos talhantes, mas daí a tecer elogios à sua elevação ética vão uns quantos jantares em restaurantes da moda.»
.
«O dicionário Houaiss tem uma palavra para eles: são uns cagões.»
6 comentários:
Falou e falou muito bem...Ainda há pessoas que conseguem dizer a verdade...
O Dr. Menezes Leitão sai em defesa dos advogados, neste link: http://lei-e-ordem.blogspot.com/2009/03/pedro-mexia-e-os-advogados.html
Pensamento do dia…
Os advogados são os mais católicos do mundo.
Não assinam nada sem levar um terço (da acção).
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. O que Mexia diz pode aplicar-se aos solicitadores. A advocacia deve ser respeitada. Apesar de tudo, são importantes e o seu contributo para a Justiça essencial
Por analogia é claro que se aplica aos Solicitadores, assim como a todos os agentes da Justiça, na generalidade.
No entanto, o Mexia não os referiu porque esses estão ainda mais abaixo dos "picheleiros e dos talhantes", isto é, são tão "cagões" que nem vale a pena falar neles. :)
Sim, para o Mexia não falar neles, onde é que eles devem estar....
Postar um comentário